sábado, 28 de julho de 2007

Sábado, 21 de Julho de 2007
A cerimónia!

Por fim, a nossa tão controversa cerimónia final. Aquela que é académica mas onde somos chamados pelo nosso título profissional.
Ultrapassadas as complexas divergências iniciais, lá fomos nós trajados, pois então!
O Excelentíssimo não deixou passar este facto em branco e, por isso mesmo, fez questão de explicar aos presentes, no seu discurso, o porquê da nossa indumentária naquele momento. E tão bem que ele o fez!
A cerimónia decorreu com as formalidades do costume: o discurso do dirigente máximo desta instituição, o Excelentíssimo, a entrega das insígnias, o juramento e mais discursos. O discurso mais importante de todos, obviamente, que é o nosso. O discurso do estudante finalista, como lhe chamam. Quem não gostou muito da conversa, foi o Excelentíssimo, que não teve oportunidade de censurar previamente o dito e, também, porque as referências à sua pessoa não foram as mais agradáveis. Não é que o tenhamos ofendido, fomos é por caminhos mais sinuosos...
Da tradição faz também parte a choradeira. E que grande foi a choradeira... Se assim não fosse, não era uma cerimónia com prestígio.
Enfim... O caminho foi árduo e longo, mas os amigos que se fizeram e os bons momentos que passámos recompensam tudo. Durante quatro anos, fomos uma espécie de família uns dos outros. E como qualquer família, também nós tivemos os nossos altos e baixos. Podem dizer que nunca nos esforçámos para ser unidos, mas a verdade, ao contrário daquilo que nós próprios muitas vezes dissemos, é que o fomos. E a prova são todos os pequenos os momentos em que chorámos juntos, rimos juntos, protestámos juntos.
Hoje chegámos ao fim juntos e é isso que importa.
Provavelmente nunca mais iremos estar todos juntos outra vez. Se assim for, esperamos que sejam todos muito felizes e que todos consigam encontrar emprego rapidamente (na área da enfermagem, claro!).

O fim!

Com o fim do curso chega também ao fim este maravilhoso blog.
Em boa verdade, construir este blog foi a única coisa boa que emergiu da monografia. Deu-nos alento nos piores momentos e actuou sempre como mecanismo de catarse do stress.
Esperamos que se tenham divertido connosco ao longo destes 5 meses e, caso tenham sentido alguma vez que nos estávamos a referir a vocês é porque, muito provavelmente, estávamos. Se vos ofendemos, pedimos desculpa, mas foi sempre com essa intenção.
É possível que voltemos a escrever umas patacoadas no futuro mas, também é possível que não. Seja como for, o Diz Que É Uma Espécie de Monografia continuará aqui até que alguém tenha coragem de o desactivar. Encará-lo-emos como uma espécie de ponto de encontro até que decidamos construir outro blog com um título mais apropriado a esta nova etapa das nossas vidas...
Desta feita, despedimo-nos dos nossos caríssimos leitores com amizade e votos de que em breve nos voltemos a encontrar.

PS.: Também podem dar notícias pelo e-mail: foddy.com@hotmail.com

segunda-feira, 9 de julho de 2007


Domingo, 8 de Julho de 2007
Baile de Finalistas

Acabada a monografia, vamos voltar-nos para outros assuntos.
Apesar da vontade ser dar, definitivamente, por encerrado este espaço, a pedido de várias pessoas, decidimos mantê-lo por mais uns tempos, tecendo ainda alguns comentários às duas ocasiões mais importantes deste final de curso: o Baile de Finalistas e a já tão aqui falada, Cerimónia Final.
Dediquemo-nos então ao Baile de Finalistas.
No Salão Quinta Nova, situado nas Comeiras de Baixo, esse bela localidade ali ao pé de Pernes, teve lugar esse tão magnífico evento que foi o nosso Baile de Finalistas.
Como em qualquer acontecimento desta natureza não faltou a indumentária a rigor com o traje de gala (uns mais, outros menos mas de gala).
Faz parte do nosso livro de estilo que nunca se comece nada à hora marcada, mas sim com pelo menos uma hora de atraso. Ora desta vez, conseguimos bater todos os recordes chegando às duas horas e meia. E porquê? Porque um grupo de estimados colegas esteve na Festa dos Tabuleiros em Tomar e, claro, atrasaram-se. Com tal demora, a importante fotografia de grupo foi tirada já de noite, ofuscando o glamour que todos nos esforçámos para conseguir. Apesar de nos terem destroçado os planos, nós perdoamo-vos.
Entre os distintos convidados contámos com a presença da nossa coordenadora de curso e de uma outra professora. Presentes estiveram também elementos da turma imediatamente antes da nossa e outras pessoas que desconhecemos completamente.
Durante a noite tivemos algumas surpresas, como por exemplo, descobrimos que certas pessoas, quando estão todas arranjadinhas e com a mania que são boas, se tornam insuportavelmente arrogantes e hipócritas. Quer dizer, num dia somos super amiguinhos e no outro... viste-las! É triste dar conta destas coisas mas pelo menos não andamos toda a vida no engano.
Outra coisa curiosa é o facto de que algumas pessoas apenas levantaram os glúteos da cadeira para dançar enquanto as nossas distintas professoras mostravam os seus dotes de bailarinas. Quando elas se vieram embora, era ainda bastante cedo, os glúteos dessas pessoas voltaram às cadeiras e à pose de VIP que durou até ao final da noite.
Uma outra surpresa com a qual fomos contemplados foi o nosso bolo. Grande, magnifico, com um aspecto excelente e um sabor ainda melhor. O único problema era o lá estava escrito. O senhor pasteleiro tentou testar a nossa atenção (e sobriedade) escrevendo: EMFERMAGEM! Caro amigo, está mal! Escreve-se ENFERMAGEM! Com N! Percebeu?
Adiante. Durante o baile foram eleitos o Mister e a Miss Baile, o Mister e a Miss Simpatia e ainda a Revelação da noite. Segundo a apresentadora dos prémios, o que nós elegemos foram “os Misses”, mas mais uma vez nós percebemos e perdoamos! Não vamos falar de cada um deles, pois teríamos de referir nomes e ainda não estamos em posição para tal, mas podemos dizer que o nosso ilustre colega ganhou o prémio de Mister Simpatia. Hum... não percebemos porquê, mas está bem! Foi mais um miminho para lhe elevar o espírito e reforçar o ego.
De resto, a noite decorreu sem problemas. Muito álcool, muito “outras coisas”, muita gatunice no restaurante... Enfim, o costume. A verdadeira novidade da noite foi um certo pedido de casamento, que diz que houve por lá. Nós pessoalmente não demos conta de nada, mas ouvimos dizer. Se assim for, Parabéns aos ilustres noivos e não se esqueçam de nos convidar para o casamento!
Às 4 horas da manhã lá acabou o baile e tivemos de abalar. Até que foi uma noite bem passada!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Segunda-feira, 2 de Julho de 2007
Prova oral!

Como todos sabem hoje foi o dia da apreciação final do trabalho, momento esse que conta com uma apresentação sumária do dito e um espaço para que o professor orientador possa colocar questões que entenda serem pertinentes. Na verdade, este é apenas mais um momento deprimente em que somos bombardeados com perguntas cuja única finalidade é, vá lá, enterrar-nos.
No início da nossa arguição, o Excelentíssimo fez questão de nos elucidar acerca de alguns aspectos. Um deles é que, apesar de apenas ele e nós estarmos presentes, aquele era um momento formalíssimo! Pois bem, assim seja.
Procedemos então à nossa prelecção dos aspectos mais relevantes do trabalho e rezámos para que as perguntas não fossem muito difíceis. Realmente, não nos parece que se possa chamar difíceis às questões que o Excelentíssimo nos colocou. Eram mais... esquisitas. Se calhar, ao fim de tanto tempo, já devíamos estar acostumadas ao tipo de questões do Excelentíssimo mas, mais uma vez, ele conseguiu surpreendermos com a complexidade do seu pensamento, que consegue transformar a coisa mais evidente num problema sem solução.
Enfim, o que importa é que ele acha que apesar de todos os condicionalismos a estivemos sujeitas, fizemos um bom trabalho! Que felizmente chegou ao fim!
Agora que estamos prestes a dar por encerrado este espaço decidimos contemplar os nossos leitores com algumas perolazinhas que encontramos neste longo caminho. Aqui ficam alguns excertos das nossas entrevistas e algumas, digamos, calinadas.

Eu é o estômago, “tar” muitas horas sem comer e eu tenho problemas no estômago, era a pior coisa que eu tive, eu até ia descontraída ia bem (Diz-nos a nossa entrevistada referindo-se à sua maior preocupação com a cirurgia. Sem comentários!)

E não sentia necessidade de colocar questões?
Não, não, não.
Não tinha dúvidas?
Não.
Mas estava ansiosa?
Não.

(É complicado estabelecer um diálogo com pessoas tão comunicativas como esta!)

E a senhora não lhe perguntou?
Não. “Távamos” era agora a falar nisso ali, só que depois não perguntei, porque penso que antes de abalar que alguém que vem ter comigo a dizer olha… tal dia tem que cá vir, até lá tem que fazer isto ou aquilo. Penso eu que deveria ser assim porque nós não sabemos. Mas às vezes fazem-se de esquecidas e não dizem nada, também acontece.
Também acha que é por não ter perguntado?
Não! Não…às vezes as coisas são tantas que aquilo até…as pessoas passam, ou esquecem-se ou…não sei…
(Acerca destes comentários, dois pontos a reter: (1) realmente os enfermeiros têm muito em que pensar ao longo do dia e é bastante natural que, volta e meia, se esqueçam de alguns pormenores; (2) os utentes do Serviço Nacional de Saúde têm de ter uma atitude mais empenhada naquilo em que são eles os interessados de primeira ordem – a sua própria saúde. Têm de deixar de ser tão casmurros... “Ah, não vou perguntar nada porque é obrigação deles adivinharem o que eu quero saber”. Era o que faltava!

Foi a menina que estava ali, deve ser a enfermeira. De bata branca é enfermeira, não é? (Santa ignorância!)

Ela vem aqui às vezes, sempre a perguntar se é preciso alguma coisa e eu: “Não, menina. Deixa estar que eu trato de mim.”
(Por incrível que pareça, este senhor, de alguma idade (para não dizer mesmo, este velho!) está a referir-se a uma enfermeira. Sim, porque entre a classe mais idosa da população o termo menina refere-se às enfermeiras! E o que dizer do Deixa estar que eu trato de mim!? É o sonho de qualquer enfermeiro ter doentes que estão internados para tratarem deles próprios, não é?

Uma vez vim aqui, ah…estava lá na oficina, dei uma martelada e estalei-a e fui ao bidon de gasóleo sujo de lavar as peças, lavei o dedo, pronto isto está bom! Está bom! Realmente deixou de deitar sangue, oh menina, depois começou a ganhar, a infectar, a infectar, a infectar, vem aqui uma veiazinha por aqui acima e eu fazia assim: “ai que veia que está aqui, ai que veia que está aqui!”. Eu só fazia isto. Digo assim, ai que eu tenho de ir ao hospital! E depois começou a doer, tenho que ir ao hospital! Vim aqui ao hospital, o Dr. que era assim um rapagão novo, de maneira que quando chega ao pé de mim, deitou-me a mão aqui abaixo do braço, “eh!”, estava aqui um enchimento já…do hospital diziam que tinha de ser mesmo o Dr. porque o hospital parece que não tinha uma peça que era preciso para aquilo. E o que é que o Dr. resolvia fazer, e eu ajudei, a aquecer um clipe que ele endireitou, aqueceu no álcool num copo, e depois furou-me a unha, furou-me a unha e… deitou tanta porcaria, depois eu dei um salto, eu sabia o que ele ia fazer, para aquecer aquilo no álcool, eu sabia que ele ia furar a unha, mas era preciso o homem ter coragem para fazer isso não é? Depois apertou, apertou, saiu tanta porcaria, apertou, apertou, apertou até que me ia esborrachando o dedo todo. E eu fiquei assim a olhar para o dedo…Diz assim: “Ainda deita?” “Sei lá Sr. Dr! Oh Sr. Dr. Isto hoje é demais, estava a ver que me tinha de deitar para o chão.” De maneira que, depois fez-se o “pensozinho” e tal e aquilo passou a nada, mas estive cá, estive cá há espera x de tempo. Se fosse outro ia-se embora, mas se fosse embora já não chegava cá, foi o que ele me disse. Você se se tem ido embora já cá não chegava.
(Um magnifico relato do estilo A minha vida dava um filme... muito estúpido, mas dava!)

Eu nem nunca tossi…e nem quero tossir mas se quiser tossir faço para não tossir porque se tossir vai-me aleijar, não é?
(Sem comentários!)

Olhe menina é assim, eu já bebi, eu já fumei, eu já fiz tudo do pior que uma pessoa pode fazer, estás a perceber? Agora já não bebo, agora já não fumo, mas quer dizer, a vida não me deixou rasto nenhum, mas o fumo deixou…e então às vezes ainda cá vem aquele “cabrão” do tabaco, que eu passei por ele, a fumar a quase toda a vida e depois ali ao pé da escola agrícola ia para acender um cigarro, acabou-se o isqueiro. Acabou-se o isqueiro, atirei com o isqueiro fora e com o cigarro e pronto, nunca mais fumei.
(Excelente forma para deixar de fumar. E mais uma vez, um fantástico relato do estilo A minha vida dava um filme... muito estúpido, mas dava!)

Pois de facto como mobilizam pouco quase que é de recordar, mas não é o termo mais correcto pois será antes MOBILIZAR…
(O nosso querido Excelentíssimo referindo-se à pouca mobilização do modelo teórico de Betty Neuman ao longo do trabalho... Mais um gracejo do nosso prestigiado orientador em relação ao mísero trabalho que desenvolvemos durante ano e meio!)

A enfermagem é uma área ciencial! (Hã?)

domingo, 1 de julho de 2007

Sexta-feira, 29 de Junho de 2007
Finalmente!

O trabalho foi árduo, a paródia foi mais que muita, as calinadas nem se fala mas finalmente chegaram ao fim longos meses de sofrimento e desespero! É verdade. Por mais inimaginável que possa parecer entregámos hoje a nossa monografia!
Claro que mais uma vez o nosso grupo se destacou pela negativa – fomos o último grupo a acabar e entregar o trabalho. Mas não pensem que nós não éramos capazes de acabar mais cedo, porque éramos. O Excelentíssimo é que nos alargou o prazo de entrega para que pudéssemos trabalhar com calma e descontracção e, ainda, ter tempo para rever tudo e ter a certeza que não sobravam mazelas. Pois, nós trabalhar com calma e descontracção, trabalhámos como sempre. Agora, no que respeita às mazelas, já não podemos prometer nada!
Mas isso agora não interessa nada! O que importa é que ACABOU! Claro que agora ainda falta aquela parte, muita gira, em que temos de responder a um interrogatório do Excelentíssimo, para defendermos o nosso trabalho e provar que sabemos o que é que temos andado a fazer este tempo todo! Desde que não falte calma e descontracção há-de correr tudo bem (como até aqui!). Na Segunda-feira lá estaremos com muita tranquilidade!
Aos outros grupos, queremos apenas desejar Boa Sorte!

sábado, 23 de junho de 2007

Sábado, 23 de Junho de 2007
Comunicado!

Informam-se os assíduos leitores deste blog que as revelações BOMBÁSTICAS que havíamos prometido na publicação anterior perderam por completo o seu interesse e a sua validade.
Passamos a explicar o sucedido. O elemento deste fabuloso grupo e, que possui uma característica pronúncia do norte anunciou que iria concorrer a um concurso televisivo denominado “Família Superstar”, tentando assim a sua sorte no mundo do espectáculo. Infelizmente, no último momento esse elemento, por motivos que nos são alheios, resolveu não comparecer no casting do referido concurso.
Desde já pedimos desculpa se, por algum momento, vos levámos a pensar que este espaço iria finalmente alcançar algum prestígio. O importante é não perder a esperança!
Para compensar os leitores, o dito elemento do grupo promete uma actuação em privado para aqueles que nos têm acompanhado ao longo destes meses
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quarta-feira, 20 de junho de 2007

Quarta-feira, 20 de Junho de 2007
Reunião de trabalho (mas poucochinho)!

Hoje foi dia de reunião. Não reunião com o Excelentíssimo mas, reunião de trabalho. Trabalho, é como quem diz! Na verdade trabalhámos muito pouco, o que já não é novidade para ninguém.
Para os mais atrasados (que devem ser os únicos com interesse em saber o estado do nosso trabalho), estamos a aprimorar a análise, tendo em conta, claro, as considerações tecidas pelo Excelentíssimo. No início do e-mail que nos enviou, proferiu umas palavras de incentivo: “Muito bem...”, seguidas pelo desalento “...pelo esforço”. O que ele queria com isto dizer era na verdade: “Ainda vos falta muito para conseguirem fazer uma análise decente e que venha salvar a lástima de trabalho que têm até agora!”.
Dramas à parte e, porque falamos em e-mail’s, uma das frases que mais temos ouvido ultimamente do Excelentíssimo é precisamente: “Mailem-me isso!”. Mailem do conhecido verbo mailar, que passamos a conjugar no presente do indicativo: eu mailo, tu mailas, ele maila, nós mailamos, vós mailais, eles mailam. Quem disse que a língua portuguesa é muito traiçoeira tinha toda a razão, especialmente quando tentamos incluir no nosso vocabulário palavras que, por enquanto, não constam do Dicionário da Língua Portuguesa. Anda esta gente a fazer mestrados e doutoramentos para no final nem sequer saber falar Português! E o pior é que vão para professores!
Mudemos agora de assunto. Temos revelações BOMBÁSTICAS! Em breve, um dos elementos deste grupo vai ser uma Superstar (ora cá está mais um termo genuinamente português mas, não faz mal porque não damos aulas a ninguém!). Não podemos adiantar pormenores para evitar agoiros e estragar a surpresa mas fiquem atentos à TV.
Por agora é tudo! É que temos de ir trabalhar! Só um bocadinho, é claro, mas ainda assim é trabalho.

sábado, 9 de junho de 2007

Quarta-feira, 6 de Junho de 2007
Calma e descontracção é o que é preciso! Ou não...

A sensivelmente três semanas do prazo para entregar a monografia, andamos ainda às voltas com a análise. Sim, sim! Finalmente chegámos à análise (e sem ser necessária outra entrevista!)! Agora só nos falta descobrir como é que isso se faz...
Sem stress... Havemos de conseguir! Pelo menos é o que o Excelentíssimo nos diz. É verdade! O mais alto dirigente desta instituição, que é a nossa escola, está de tal forma farto de nós que já troça descaradamente com o nosso infortúnio: “Tenham calma meninas! Com calma e descontracção tudo se faz!”, gracejava ele na última reunião. Será que sua Excelência ainda não percebeu que o nosso problema é precisamente esse?
É por causa de tanta calma e descontracção que não conseguimos trabalhar 10 minutos seguidos sem cairmos na parvoíce, que é como quem diz, a produzir rico material para publicar neste tão agradável espaço.
Enfim... Cansadas de trabalhar arduamente, ao fim de meia hora, resolvemos ir jantar a um dos pontos de maior concentração de gordura, calorias e propensos candidatos a obesos: o MacDonald’s.
Durante o jantar, destinado à descontracção, deixámos de parte a monografia para nos concentrarmos em assuntos de muito maior utilidade quotidiana, nomeadamente, quais as zonas de maior sensibilidade nos elementos do sexo masculino e como estimulá-las. Embora pareça que andámos a ler a revista Maria (ou a fumar daquelas coisas que fazem rir), a verdade é que foi um momento bastante didáctico e vantajoso. Quem desejar aprofundar o assunto faça o favor de nos contactar!
Para fechar com chave de ouro e, no fim de tanta estupidez, alguma desgraça tinha de acontecer. A verdade é que, hoje em dia qualquer pessoa pode tirar a carta. Até as mais incompetentes... Desta feita, um dos elementos deste grupo (não interessa especificar quem) fez a magnificente habilidade de arrancar o pára-choques do carro no parque de estacionamento do MacDonald’s. Como? É uma técnica bastante complexa que consiste em conseguir encaixar no dito pára-choques um parafuso de um poste caído no chão e, posteriormente, arrancar com notável delicadeza. Perceberam? Provavelmente não, mas também não interessa nada. O mais triste é que àquela hora o restaurante estava cheio, e além de ser achincalhada até mais não pelas restantes colegas (estúpidas!), não havia uma única alminha que passasse e não desmoronasse a rir com a caricata situação. É para aprender a não dizer mal da condução dos outros...

domingo, 20 de maio de 2007

Sexta-feira, 18 de Maio de 2007
Ai, como é triste este meu viver. Grande é a minha mágoa!

Ora, cá estamos nós novamente a dedicar-nos a algo que nada trará de positivo para o nosso futuro, em vez de usufruirmos do nosso tempo livre para concluir o nosso magnífico trabalho de investigação.
Empregar nesta fase o termo concluir é, como se costuma dizer em bom português, pôr o carro à frente dos bois. Porquê? Simples! Porque, digamos, continuamos intoleravelmente atrasadas. É verdade, caros amigos, apenas há dias fizemos a nossa segunda entrevista!
Isto até podia ser visto como um factor de motivação para nós pois poderíamos pensar “Bem, já não falta tudo!”. O problema aqui é que ainda não vimos descartada a hipótese de realizarmos uma outra entrevista, desta vez, a uma pessoa que esteja fora dos critérios que tanto trabalho nos deram a definir. A juntar a isto e, porque um mal nunca vem só, existe também uma remota possibilidade (ou não...) de termos de ajustar o problema do trabalho aos dados que nos têm sido possíveis colher. Só boas notícias, hã?
Neste momento, estamos à espera da reacção do Excelentíssimo à transcrição da nossa segunda entrevista. Já lá vai quase uma semana que lha entregámos. Mas nós não o estamos a criticar (desta vez!). Sabemos que ele tem andado deveras ocupado com a organização de um grandioso congresso na nossa escola – o I Congresso Luso-espanhol. Foi uma coisa bonita de se ver. A sério! Tivemos espanhóis, escoceses, um rancho, a Tuna, bolinhos à borla... Mas mais importante que tudo isto foram as comunicações do nosso ilustre colega! Não podia faltar! Foram momentos bonitos em que vimos o nosso colega a dar o seu melhor para ganhar uns míseros euros de prémio. Pelos vistos, não se esmerou o suficiente pois nem com várias comunicações conseguiu ganhar. Temos pena que ele não tenha ganho porque decerto o discurso de agradecimento seria um momento extraordinário e rico em material para comentar neste espaço.
Bem, agora que já vos pusemos a par do estado deplorável em que o nosso trabalho se encontra, queremos deixar uma palavrinha aos elementos dos outros grupos: se sentem que estão atrasados, pensem em nós e verão que, se ainda acreditamos que conseguimos acabar o curso, decerto vocês o concluirão a monografia sem nenhuma dificuldade! Neste momento e, por vários motivos que não se prendem apenas com a monografia, o espírito do nosso grupo é: “Ai, como é triste este meu viver. Grande é a minha mágoa!”.
Até à próxima e, a quem vai ao ENEE, divirtam-se muito!

sábado, 28 de abril de 2007

Sexta-feira, 27 de Abril de 2007
Que grandessíssimas energúmenas que nós somos!

É verdade! Como se já não bastasse estarmos atrasadíssimas com o trabalho, conseguimos fazer mais uma daquelas coisas que mais ninguém consegue.
O que se passou foi o seguinte: na tentativa de realizar as duas entrevistas ainda esta semana, combinámos com o Excelentíssimo que no fim do dia de ontem lhe entregaríamos a gravação da primeira entrevista, para que ele pudesse tecer algumas considerações que nos poderiam ajudar na segunda. Assim fizemos. Pelo menos, pensávamos nós! É que hoje de manhã, o Excelentíssimo enviou-nos um e-mail queixando-se que a caixa do CD que lhe entregámos estava vazia. E estava mesmo!
Quando o procurámos para corrigir o descuido, fomos bastante, vá lá, achincalhadas! Mas desta vez com razão.
Enfim, mais uma fantástica calinada do nosso sempre empenhado e motivado grupo!

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Terça-feira, 24 de Abril de 2007
É bom que não esteja bem!

8:30h da manhã! Deu-se início à tão desejada reunião de orientação com o Excelentíssimo. Por incrível que possa parecer, devido ao estado do nosso trabalho, a reunião correu espectacularmente bem! E porquê? Porque para o Excelentíssimo o facto do pré-teste não ter corrido bem é algo de bom. Diz ele que com os erros do primeiro podemos aprender a actuar nas próximas entrevistas e a tirar maior proveito do que os entrevistados nos dizem. Isso até pode ser verdade mas, se este tivesse corrido bem, agora já nos faltava fazer uma entrevista e assim, ainda temos de fazer mais duas.
Mas nem tudo é mau! Já marcámos as próximas entrevistas e ainda as vamos poder fazer esta semana.

Excelentíssimo vs Finalistas

16:30h (mais coisa, menos coisa). O Excelentíssimo dirigiu-se, a nosso pedido, à sala de aulas para nos esclarecer de alguns aspectos relacionados com a cerimónia de final de curso. O que ele não estava à espera era de vir a ser confrontado com a vontade (não unânime) da turma de utilizarmos a farda como indumentária na cerimónia. O que se passou foi uma espécie de “Prós e Contras” só que sem a Fátima Campos Ferreira.
Antes de admitir qualquer intervenção, o Excelentíssimo advertiu que as decisões relativamente à cerimónia já haviam sido tomadas e eram indeléveis. Mesmo assim, passou a explanar os seus argumentos para que o uso do traje ou fato de cerimónia fosse o único permitido.
Os motivos foram vários, válidos e com solidez suficiente. A evolução da enfermagem, a farda como símbolo de uma profissão técnica e o carácter de operário que nos confere, uns questionários realizados na comunidade escolar, foram apenas alguns dos motivos apontados pelo Excelentíssimo para a decisão, que segundo ele, não foi tomada por si. De facto, ele esmerou-se para afirmar veementemente que aquela não era uma decisão imposta por ele, mas sim pelos diferentes elementos dos mais variados órgãos escolares.
A palavra foi então passada aos elementos mais interessados naquela discussão: nós! Sem desprimor para a colega que se pronunciou em primeiro lugar, devo dizer que, teria sido bem melhor se nos tivesse presenteado com o seu silêncio. Isto porque, a falta de educação e severidade das suas palavras são duas características desta, como se diz na minha terra, moça! E porque o Excelentíssimo é uma pessoa de nível (pelo menos tenta!), não se dá bem com este tipo de gente. Então não é que esta moça, teve o descaramento de dizer que o Excelentíssimo tinha de, como porta-voz, dizer a quem tomou a decisão que não era aquela a nossa vontade. Bestial! Uma afirmação destas merece uma resposta genial e, foi o que Excelentíssimo fez: Eu não sou porta-voz de ninguém. Era o que me faltava. Eu sou o dirigente máximo desta organização. Bem dito! Não existe pior insulto para tecer a alguém do que porta-voz! Claro que poucos foram os que não desabaram a rir... E com razão, diga-se em boa verdade.
O argumento que a referida moça e, quase toda a turma usou para, digamos, dar a volta ao Excelentíssimo foi que nem todos os elementos da turma possuíam traje e que, aqueles que não o têm se iriam sentir discriminados dos restantes por terem de ir à cerimónia com outra vestimenta. Este motivo convenceu-me a mim que não dispenso a companhia de todos os colegas na cerimónia mas, o Excelentíssimo não recuou um milímetro e ripostou com um argumento igualmente verdadeiro: não é a roupa que vestimos naquele dia que nos torna iguais, mas sim a insígnia que receberemos e o juramento que faremos. Mais uma vez, bem dito!
Outras intervenções se seguiram até que (já cá faltava), o nosso ilustre colega resolveu dar um ar da sua graça.
Mais uma vez e, para nosso regozijo, não foi deveras feliz na sua intervenção. Este ilustre colega questionou o Excelentíssimo como é que ele se sentiria se estivesse na posição de quem não tem traje. É óbvio que a questão foi envolta num floreado de tal forma grande que, se torna extremamente difícil reproduzi-la aqui. Porém, pode dizer-se que incluía palavras como holismo e melodrama, e uma entoação tão acetinada que por momentos quase tive pena dele.
O Excelentíssimo respondeu no mesmo tom, dizendo que ele próprio possui um traje académico e que, no dia do seu doutoramento não o vestiu e não se sentiu menos importante por isso! Sem comentários.
Para finalizar, resta apenas dizer que tanta discussão não deu em nada. Serviu apenas para nos fazer perder tempo que, tanta falta nos fazia para preparar o Seminário de Projecto. Não conseguimos mudar a ideia do Excelentíssimo e muito menos, transformá-lo em porta-voz da nossa (pelo menos de alguns) luta!
Sexta-feira, 20 de Abril de 2007
Olha! As minhas meninas de Investigação!

Hoje conseguimos finalmente contactar com o Excelentíssimo. Ao encontrar-nos no corredor exclamou: Olha! As minhas meninas de Investigação! Dissemos-lhe então do desastre que tinha sido o pré-teste e, muito calmamente, sem perder a postura, disse-nos que tínhamos de falar para a semana.
Senhor Professor Doutor Excelentíssimo, por favor barafuste connosco! Nós sabemos que estamos super atrasadas e que daqui a mês e meio temos de entregar o trabalho. Vê-lo sempre assim tão calmo dá-nos cabo dos nervos. Nós estamos a precisar de um puxão de orelhas que nos obrigue e incentive a trabalhar. Acha que estamos a pedir muito? Afinal, para que é que lhe pagam? Ou será que o Excelentíssimo teve a ousadia de desistir de nós, antes de nós desistirmos do trabalho? É capaz de ser de isso!
Quarta-feira, 18 de Abril de 2007
Que sentido de oportunidade!

Cá continuamos nós no nosso Seminário de Projecto. Porque o grupo de trabalho é diferente do da monografia, tem sido extremamente difícil para nós conciliar as duas coisas. Ou não. A verdade é que estamos paradas porque o Excelentíssimo se encontra ausente da escola por motivos de saúde, que é como quem diz, tem estado doente. Coitadinho! E que sentido de oportunidade... Logo agora que precisávamos tanto de falar com ele, o senhor resolveu adquirir o maravilhoso vírus da gripe. Como tal, não podemos avançar para a próxima entrevista e... cá continuamos.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Segunda-feira, 16 de Abril de 2007
De volta à escola!

Inicia-se hoje mais uma etapa do último ano deste curso maravilhoso que é a enfermagem: o Seminário de Projecto! Para quem não sabe o que isso é, aconselhamos honestamente que perguntem a um dos cultos e ilustres professores desta escola, porque nós, reles estudantes, não fazemos a mais pequena ideia do que isso possa ser. Claro que, logo no início, nos deram a ensaboadela do costume: “Ah e tal... isto é muito importante para o vosso futuro... e tal...”
Importante ou não, o que era interessante perceberem é que, com um trabalho de investigação para fazer, não nos sobra muito tempo para mais nada... nem para ter vida própria!
Mas o que este dia teve de especial foi a eterna discussão: traje académico ou farda de enfermagem na cerimónia final. Pois é, embora a maioria da turma prefira usar a farda, tenho de expressar aqui a minha opinião que, para variar (ou não...) é precisamente a contrária. Passo por isso a explanar os motivos que me levam a tal escolha.
A farda de enfermagem é aquela que usamos no hospital, durante os estágios. Já dura há quatro anos e a sua coloração não é a original. É uma espécie de branco mas nem o melhor detergente ou lixívia do mundo a conseguiria tornar verdadeiramente branca. Já para não falar no corte horroroso e afunilado das calças. Horrível!
Depois, aquela é uma cerimónia académica. Uma cerimónia de final de curso. Não é uma cerimónia profissional. Então porque é que haveríamos de ir vestidos como se estivéssemos prontos para começar um turno? Além do mais, se não pudemos andar vestidos com a farda fora do hospital durante este tempo todo, porque é agora já podemos? Agora já não faz mal, é?
Esta é apenas a minha opinião e, agora que já me indignei acerca deste assunto passo a relatar aquele que para mim foi o melhor momento do dia.
O nosso ilustre colega justificou o facto de preferir a farda em detrimento do traje da seguinte forma: “ No tempo do Salazar os trajes eram usados para tornar todos os alunos iguais, diminuindo a diferença entre ricos e pobres.” E “ao usarmos traje vamos estar a tornar-nos iguais às outras escolas (gestão, educação,...)”. Caro colega, acerca disto tenho duas coisas a referir: (1) o Salazar pode ser um Grande Português mas não é para aqui chamado e, esse argumento não serve de nada nem para defenderes a tua opinião nem para rejeitar a dos outros; (2) não percebo porque é que tratas com tamanho desprimor a outras escolas porque, tal como o Salazar, também não são para aqui chamadas. É sabido que a relação entre a nossa escola e as outras nunca foi a melhor mas, também não é preciso achincalhar desta maneira. E mais uma vez, este argumento de nada te serve!
Como em qualquer discussão na nossa turma, chegámos ao fim sem um consenso!

P.S.: Para aqueles que se estão a questionar sobre o que é isto tem a ver com a monografia a resposta é: absolutamente nada! Mas como estava um bocadinho revoltada com esta situação, aproveitei este espaço para expressar a minha indignação. Obrigada pela atenção!
Sexta-feira, 30 de Março de 2007
Educação pré-operatória? O que é isso?

Às 11 horas da manhã de hoje aconteceu a maior tragédia que podia acontecer a quem faz um trabalho de investigação. Passo a explicar.
O tema do trabalho tem a ver com os factores que influenciam a educação pré-operatória a qual, à partida, deveria abranger diversos tópicos desde exercícios respiratórios, exercícios das extremidades, tosse entre outros, que estão cientificamente provados como sendo facilitadores do processo de recuperação pós-operatória. Estes ensinos deveriam ser realizados pelos enfermeiros aos doentes, desde o momento da admissão no hospital (período pré-operatório) e continuados ou reforçados depois da cirurgia.
Quando escolhemos este tema sabíamos de antemão que a maioria dos enfermeiros não prestava este tipo de cuidados aos doentes. Porém, tínhamos fé de que algum houvesse que os realizasse.
Ora, hoje na realização do pré-teste da entrevista, tivemos uma surpresa. Não conseguimos encontrar um doente (em 60!) que nos dissesse: Sim, senhora. O enfermeiro ensinou-me isso tudo! De facto, nunca nenhum doente tinha sequer ouvido falar disso até hoje.
Já devem ter percebido qual é o nosso maior problema neste momento. Não temos material para acabar o trabalho. Sim, porque não se pode fazer um trabalho de investigação sobre os factores que influenciam uma coisa que pura e simplesmente, não existe.
E agora? Uma vez que não temos material para trabalhar, já podemos desistir?
Segunda-feira, 26 de Março de 2007
Até que enfim!

Após dois longos meses de espera recebemos finalmente a autorização de um hospital para efectuar o estudo. O estudo que é, como quem diz, entrevistar dois doentes internados num serviço de cirurgia. Sim! O nosso tão importante trabalho de investigação e de final de curso baseia-se em duas entrevistas apenas! O que é que isto quer dizer? Que perdemos ano e meio a fazer uma coisa sem qualquer validade, interesse ou aplicabilidade. Contingências da escola e do curso que escolhemos...
Mas voltando atrás, há dois meses que esperávamos ansiosamente o deferimento do pedido de autorização sem obter qualquer resposta. Perante isto o Excelentíssimo foi obrigado a intervir utilizando para tal todo o seu prestígio, conhecimentos e poder. Claro que após a sua intervenção a resposta foi imediata e positiva! Mas qual a desculpa apresentada para não nos terem dado resposta mais cedo? Algum incompetente não a fez chegar a quem era dirigida e acabou por se extraviar, desaparecendo algures na imensidão de papeis existente em qualquer hospital que se preze.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Quinta-feira, 8 de Março de 2007
Toma que é para aprenderes meu palerma!

Continuam as apresentações no Seminário. Felizmente é o último dia! E hoje somos nós.
Acerca do grupo que apresentou antes de nós pouco temos a dizer pois, honestamente, não estivemos com atenção. Agora, a nossa apresentação... Ui! Espectacular!
Resumidamente, os elogios da Investigadora foram mais que muitos. Desde a integração do Modelo de Betty Neuman e da CIPE, passando pela abrangência dos tópicos, da utilização de apenas uma questão na entrevista e do estudo ser dirigido às pessoas e não aos enfermeiros, foi só louvar estas quatro meninas. Não deixou sequer passar o pormenor da utilização do termo entrevista semi-directiva ao invés de semi-estruturada (como se não fossem ambas designações diferentes para a mesma coisa, que é como quem diz, sinónimos!).
Já o nosso Excelentíssimo professor orientador foi mais contido nos elogios, optando por fazer uma retrospectiva do trabalho. Pior! Fez questão de reforçar a ideia de que o enquadramento teórico não é definitivo (ou seja, temos de fazer tudo outra vez) e, subtilmente re-introduziu a questão dos ensinos (que em linguagem técnica se traduz por educação para a saúde. Pensamos nós...).
Mas o auge do momento para discussão da nossa apresentação foi sem dúvida alguma a intervenção de um ilustre colega nosso. Colega esse que, por ser possuidor de um ego indestrutível e uma abismal falta de bom senso, tem a mania que pode rebaixar toda a gente. Pois este colega, todo fanfarrão, achou por bem tentar, vá lá, enterrar-nos ao colocar uma questão que, para além de ter sido mal formulada não era possuidora de qualquer relevância para o caso. A pergunta era qualquer coisa como: quais são as vossas expectativas para os resultados do trabalho? (Tudo isto, claro, numa forma tão floreada que levou algum tempo até que a conseguíssemos compreender). A resposta: Nenhumas! (devidamente justificada, óbvio!) Se ao início a resposta pode ter chocado algumas pessoas, inclusive esse colega (estúpido), foi depois apoiada, reforçada e ainda fundamentada pelo Excelentíssimo. Toma que é para aprenderes meu palerma!
Ah, já agora e, para achincalhar um bocadinho mais o rapaz, vamos falar da apresentação do grupo dele. Com excepção do referido colega, o grupo é constituído por pessoas impecáveis e sobre as quais não temos nada a dizer. Porém, ficámos muito indignadas quando, no momento de discussão deles, reparámos que o dito colega responde a uma pergunta feita por um membro da turma de uma forma, algo... peculiar, chamemos-lhe assim. Na verdade, aquela pergunta tinha sido feita antes da apresentação pelo grupo, entregue a um elemento da turma e a resposta estava escrita num papel que o nosso estimado colega fez o obséquio de ler. Uma resposta excelente, diga-se. O único problema era ter sido ensaiada. Não nos recordamos bem do conteúdo da resposta (porque era muito extensa) mas, a certa altura, o caro colega faz uma referência marcada à importância dos pequenos pormenores. Concordamos! Realmente, os pequenos pormenores, como a capacidade para responder a perguntas espontâneas e não treinadas, fazem toda a diferença.
Quarta-feira, 7 de Março de 2007
Queremos desistir!

Hoje é o 1.º dia de apresentações no Seminário de Investigação.
O pensamento do dia e a partir de hoje, o lema do nosso grupo é: O trabalho de investigação científica reflecte a orientação do professor. O que suscita uma nova teoria. O motivo pelo qual fazemos tantas asneiras no trabalho é da exclusiva responsabilidade da pessoa/indivíduo/professor que nos orienta. Excelentíssimo Sr. Prof., a culpa é sua! E porque estamos deficientemente orientadas queremos desistir!! Onde é que assinamos?!? (Era bom que fosse assim tão fácil!)
Ao fim do dia, as balelas do costume: Ah, e tal... Foi uma mais-valia para nós... e tal...
Terça-feira, 6 de Março de 2007
Que estúpidas!

Durante o dia de hoje procedeu-se à reformulação do trabalho segundo orientações muito específicas do Excelentíssimo. Até que enfim que são específicas, pois já estávamos a ficar um bocadinho... não... é mesmo muito desesperadas com as longas conversas e dissertações do Excelentíssimo (que ninguém compreende) e que tinham como finalidade orientar-nos no desenvolvimento do trabalho. Pois!
Trabalho à parte, o dia foi recheado de discussões com um carácter bastante científico e pertinente. A mais produtiva foi com certeza acerca das aplicações da vaselina. Enganam-se aqueles que pensam que o conteúdo da conversa vai aqui ser divulgado. No fim de contas isto é um blog sobre uma monografia!
Para além disso, e tendo por base um espectacular e cientificamente fundamentado artigo da Visão, assinado por Ricardo Araújo Pereira, chegámos à útil conclusão de que o tamanho médio do pénis dos portugueses é de exactamente 15,82 cm. Conclusão esta que serve de base a uma também importante teoria de que os preservativos Zig-Zag (fornecidos gratuitamente nos Centros de Saúde, para quem não sabia!) não são detentores do tamanho adequado, teoria esta, sustentada também por vários testemunhos, designadamente…alguns. Ao cuidado do Ministério da Saúde: achamos que é altura de mudarem de fornecedor, para um bem maior de nós e muitos mais, sexo seguro!!
Mas voltemos ao trabalho. Uma nota muito importante! Tivemos finalmente acesso ao tão desejado trabalho do 5.ºCurso, que afinal era do 4.º. Deu alguma ajudinha, diga-se em boa verdade!
Outra conclusão bastante importante a que chegámos foi que somos realmente ESTÚPIDAS!! E porquê? Porque o Excelentíssimo corrige-nos o trabalho, nós não reparamos e reenviamos o trabalho com os mesmos erros. Fantástico!!! Nem toda a gente consegue fazer uma habilidade destas. Devíamos concorrer com o “Aqui há talento!”. Que estúpidas!...
Segunda-feira, 5 de Março de 2007
Trabalhar? Lá terá que ser...

O dia de hoje foi marcado por árduo e intenso trabalho. Sim, porque até quinta-feira tem de estar tudo pronto e, digamos que, vá lá... estamos atrasadas. Por isso, dedicámo-nos a conceber a apresentação do trabalho no formato Powerpoint e a reformular/corrigir alguns aspectos do trabalho escrito.
Por sugestão do Excelentíssimo, tentámos contactar a Investigadora (professora coordenadora do núcleo de investigação), para que nos concedesse o acesso a um trabalho (do 5.º Curso) que, ao que parece, nos poderia ser bastante útil. Infelizmente, após várias tentativas e contactos com a Investigadora, continuamos sem acesso ao dito trabalho. Talvez o arranjemos quando já não fizer falta!
O ponto alto do dia foi, sem dúvida, termos conseguido adquirir a melhor banda sonora para qualquer trabalho de investigação que se quer rigoroso, cientificamente fundamentado e com, pelo menos, um bocadinho de prestígio: Rouxinol Faduncho, é claro!
A discussão do dia hoje foi bastante (e é com algum receio que digo isto) madura, científica e até, importante. A grande dúvida foi: pessoa ou indivíduo? Pelos vistos e, segundo a CIPE® (versão β2) é indivíduo. Permitam-me que discorde. A CIPE® transmite uma visão muito reducionista da pessoa, sendo quase uma derivação do modelo biomédico, tão condenado pela nossa escola e prática de enfermagem. Mais!!! A Betty Neuman no seu modelo utiliza a denominação de “Pessoa”. Se o trabalho tem por base conceptual quer Neuman, quer a CIPE e se o pensamento reflexivo é tão aclamado e bajulado na nossa comunidade escolar, porque não optar pela designação mais holística do ser humano (pessoa)? Sem desprimor para a CIPE, que eventualmente há-de ter o seu valor.
Ao fim do dia, e como estudantes aplicadas que somos, enviámos um e-mail ao Excelentíssimo com o trabalho desenvolvido neste dia, para que este possa dar a sua ilustre opinião, tecer as suas considerações e fazer-nos o grande favor de o corrigir por forma a torná-lo um trabalho apresentável e em condições.

Quinta-feira, 1 de Março de 2007
Não nos apetece trabalhar!

Hoje é o quarto dia de duas semanas dedicadas ao Seminário de Investigação. O que é isso? Não sabemos ao certo mas diz que é para partilhar o trabalho desenvolvido até agora no âmbito da monografia. Em boa verdade são duas semanas para descansar do estágio, voltar à escola e não esquecer a arte de fazer trabalhos que pouco ou nada contribuem para o enriquecimento dos nossos conhecimentos mas, acerca dos quais insistimos em dizer que são “uma mais-valia” pois sabemos que é isso que os professores querem ouvir.
Como todas as reuniões de trabalho até aqui esta foi marcada por uma interessante questão: porque é que há pessoas que se levantam a meio da noite para urinar? E porque é que algumas pessoas se babam quando estão a dormir, se sabemos à partida que a produção de saliva diminui durante o período nocturno? Apesar de estarmos num curso em que talvez ficasse bem dar resposta a estas questões, a verdade é que não sabemos. Não sabemos, nem procurámos saber porque acreditamos profundamente que... não valia a pena.
Adiante. Soubemos hoje qual era o tema do nosso trabalho! Fantástico. Há meses que andamos às voltas para encontrar um tema adequado e, eis que o Excelentíssimo (professor orientador do trabalho), ao sentir-se pressionado, se sai com um tão fantástico que parece o título de um livro de Saramago (não vamos aqui divulgar esse maravilhoso tema apenas por uma simples razão: temos fortes intenções de acabar o curso!). Só para que fique claro, não era nada disto que queríamos estudar! Melhor que isto só mesmo o Excelentíssimo não se lembrar que foi ele que idealizou este tema e dar-nos os parabéns pela nossa escolha... Espectacular! Para além disto recebemos também um elogio em relação ao objectivo do estudo. Segundo o Excelentíssimo é um objectivo de excelência. Às tantas, também deve ter sido ele que o escreveu. Nós, muito honestamente, já não nos lembramos. E agora, com tudo isto, onde será que ele nos quer levar?
A juntar a tudo isto, uma enorme vontade de não trabalhar. Foram tantas as divagações que todo um dia de trabalho pode ser descrito da seguinte forma: Divagar, divagar, divagar…Trabalhar… nada!!!
Setembro de 2006. Quatro estudantes de enfermagem juntam-se, formando um maravilhoso grupo destinado a efectuar a monografia que nos permitirá completar a licenciatura.
Como todas as reuniões de trabalho são extremamente produtivas no domínio não ligado à monografia, decidimos construir este blog onde pretendemos relatar as discussões mais estúpidas que acontecem entre nós. Qualquer referência à monografia, é mera coincidência!