terça-feira, 17 de abril de 2007

Segunda-feira, 16 de Abril de 2007
De volta à escola!

Inicia-se hoje mais uma etapa do último ano deste curso maravilhoso que é a enfermagem: o Seminário de Projecto! Para quem não sabe o que isso é, aconselhamos honestamente que perguntem a um dos cultos e ilustres professores desta escola, porque nós, reles estudantes, não fazemos a mais pequena ideia do que isso possa ser. Claro que, logo no início, nos deram a ensaboadela do costume: “Ah e tal... isto é muito importante para o vosso futuro... e tal...”
Importante ou não, o que era interessante perceberem é que, com um trabalho de investigação para fazer, não nos sobra muito tempo para mais nada... nem para ter vida própria!
Mas o que este dia teve de especial foi a eterna discussão: traje académico ou farda de enfermagem na cerimónia final. Pois é, embora a maioria da turma prefira usar a farda, tenho de expressar aqui a minha opinião que, para variar (ou não...) é precisamente a contrária. Passo por isso a explanar os motivos que me levam a tal escolha.
A farda de enfermagem é aquela que usamos no hospital, durante os estágios. Já dura há quatro anos e a sua coloração não é a original. É uma espécie de branco mas nem o melhor detergente ou lixívia do mundo a conseguiria tornar verdadeiramente branca. Já para não falar no corte horroroso e afunilado das calças. Horrível!
Depois, aquela é uma cerimónia académica. Uma cerimónia de final de curso. Não é uma cerimónia profissional. Então porque é que haveríamos de ir vestidos como se estivéssemos prontos para começar um turno? Além do mais, se não pudemos andar vestidos com a farda fora do hospital durante este tempo todo, porque é agora já podemos? Agora já não faz mal, é?
Esta é apenas a minha opinião e, agora que já me indignei acerca deste assunto passo a relatar aquele que para mim foi o melhor momento do dia.
O nosso ilustre colega justificou o facto de preferir a farda em detrimento do traje da seguinte forma: “ No tempo do Salazar os trajes eram usados para tornar todos os alunos iguais, diminuindo a diferença entre ricos e pobres.” E “ao usarmos traje vamos estar a tornar-nos iguais às outras escolas (gestão, educação,...)”. Caro colega, acerca disto tenho duas coisas a referir: (1) o Salazar pode ser um Grande Português mas não é para aqui chamado e, esse argumento não serve de nada nem para defenderes a tua opinião nem para rejeitar a dos outros; (2) não percebo porque é que tratas com tamanho desprimor a outras escolas porque, tal como o Salazar, também não são para aqui chamadas. É sabido que a relação entre a nossa escola e as outras nunca foi a melhor mas, também não é preciso achincalhar desta maneira. E mais uma vez, este argumento de nada te serve!
Como em qualquer discussão na nossa turma, chegámos ao fim sem um consenso!

P.S.: Para aqueles que se estão a questionar sobre o que é isto tem a ver com a monografia a resposta é: absolutamente nada! Mas como estava um bocadinho revoltada com esta situação, aproveitei este espaço para expressar a minha indignação. Obrigada pela atenção!

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