quarta-feira, 21 de março de 2007

Quinta-feira, 8 de Março de 2007
Toma que é para aprenderes meu palerma!

Continuam as apresentações no Seminário. Felizmente é o último dia! E hoje somos nós.
Acerca do grupo que apresentou antes de nós pouco temos a dizer pois, honestamente, não estivemos com atenção. Agora, a nossa apresentação... Ui! Espectacular!
Resumidamente, os elogios da Investigadora foram mais que muitos. Desde a integração do Modelo de Betty Neuman e da CIPE, passando pela abrangência dos tópicos, da utilização de apenas uma questão na entrevista e do estudo ser dirigido às pessoas e não aos enfermeiros, foi só louvar estas quatro meninas. Não deixou sequer passar o pormenor da utilização do termo entrevista semi-directiva ao invés de semi-estruturada (como se não fossem ambas designações diferentes para a mesma coisa, que é como quem diz, sinónimos!).
Já o nosso Excelentíssimo professor orientador foi mais contido nos elogios, optando por fazer uma retrospectiva do trabalho. Pior! Fez questão de reforçar a ideia de que o enquadramento teórico não é definitivo (ou seja, temos de fazer tudo outra vez) e, subtilmente re-introduziu a questão dos ensinos (que em linguagem técnica se traduz por educação para a saúde. Pensamos nós...).
Mas o auge do momento para discussão da nossa apresentação foi sem dúvida alguma a intervenção de um ilustre colega nosso. Colega esse que, por ser possuidor de um ego indestrutível e uma abismal falta de bom senso, tem a mania que pode rebaixar toda a gente. Pois este colega, todo fanfarrão, achou por bem tentar, vá lá, enterrar-nos ao colocar uma questão que, para além de ter sido mal formulada não era possuidora de qualquer relevância para o caso. A pergunta era qualquer coisa como: quais são as vossas expectativas para os resultados do trabalho? (Tudo isto, claro, numa forma tão floreada que levou algum tempo até que a conseguíssemos compreender). A resposta: Nenhumas! (devidamente justificada, óbvio!) Se ao início a resposta pode ter chocado algumas pessoas, inclusive esse colega (estúpido), foi depois apoiada, reforçada e ainda fundamentada pelo Excelentíssimo. Toma que é para aprenderes meu palerma!
Ah, já agora e, para achincalhar um bocadinho mais o rapaz, vamos falar da apresentação do grupo dele. Com excepção do referido colega, o grupo é constituído por pessoas impecáveis e sobre as quais não temos nada a dizer. Porém, ficámos muito indignadas quando, no momento de discussão deles, reparámos que o dito colega responde a uma pergunta feita por um membro da turma de uma forma, algo... peculiar, chamemos-lhe assim. Na verdade, aquela pergunta tinha sido feita antes da apresentação pelo grupo, entregue a um elemento da turma e a resposta estava escrita num papel que o nosso estimado colega fez o obséquio de ler. Uma resposta excelente, diga-se. O único problema era ter sido ensaiada. Não nos recordamos bem do conteúdo da resposta (porque era muito extensa) mas, a certa altura, o caro colega faz uma referência marcada à importância dos pequenos pormenores. Concordamos! Realmente, os pequenos pormenores, como a capacidade para responder a perguntas espontâneas e não treinadas, fazem toda a diferença.
Quarta-feira, 7 de Março de 2007
Queremos desistir!

Hoje é o 1.º dia de apresentações no Seminário de Investigação.
O pensamento do dia e a partir de hoje, o lema do nosso grupo é: O trabalho de investigação científica reflecte a orientação do professor. O que suscita uma nova teoria. O motivo pelo qual fazemos tantas asneiras no trabalho é da exclusiva responsabilidade da pessoa/indivíduo/professor que nos orienta. Excelentíssimo Sr. Prof., a culpa é sua! E porque estamos deficientemente orientadas queremos desistir!! Onde é que assinamos?!? (Era bom que fosse assim tão fácil!)
Ao fim do dia, as balelas do costume: Ah, e tal... Foi uma mais-valia para nós... e tal...
Terça-feira, 6 de Março de 2007
Que estúpidas!

Durante o dia de hoje procedeu-se à reformulação do trabalho segundo orientações muito específicas do Excelentíssimo. Até que enfim que são específicas, pois já estávamos a ficar um bocadinho... não... é mesmo muito desesperadas com as longas conversas e dissertações do Excelentíssimo (que ninguém compreende) e que tinham como finalidade orientar-nos no desenvolvimento do trabalho. Pois!
Trabalho à parte, o dia foi recheado de discussões com um carácter bastante científico e pertinente. A mais produtiva foi com certeza acerca das aplicações da vaselina. Enganam-se aqueles que pensam que o conteúdo da conversa vai aqui ser divulgado. No fim de contas isto é um blog sobre uma monografia!
Para além disso, e tendo por base um espectacular e cientificamente fundamentado artigo da Visão, assinado por Ricardo Araújo Pereira, chegámos à útil conclusão de que o tamanho médio do pénis dos portugueses é de exactamente 15,82 cm. Conclusão esta que serve de base a uma também importante teoria de que os preservativos Zig-Zag (fornecidos gratuitamente nos Centros de Saúde, para quem não sabia!) não são detentores do tamanho adequado, teoria esta, sustentada também por vários testemunhos, designadamente…alguns. Ao cuidado do Ministério da Saúde: achamos que é altura de mudarem de fornecedor, para um bem maior de nós e muitos mais, sexo seguro!!
Mas voltemos ao trabalho. Uma nota muito importante! Tivemos finalmente acesso ao tão desejado trabalho do 5.ºCurso, que afinal era do 4.º. Deu alguma ajudinha, diga-se em boa verdade!
Outra conclusão bastante importante a que chegámos foi que somos realmente ESTÚPIDAS!! E porquê? Porque o Excelentíssimo corrige-nos o trabalho, nós não reparamos e reenviamos o trabalho com os mesmos erros. Fantástico!!! Nem toda a gente consegue fazer uma habilidade destas. Devíamos concorrer com o “Aqui há talento!”. Que estúpidas!...
Segunda-feira, 5 de Março de 2007
Trabalhar? Lá terá que ser...

O dia de hoje foi marcado por árduo e intenso trabalho. Sim, porque até quinta-feira tem de estar tudo pronto e, digamos que, vá lá... estamos atrasadas. Por isso, dedicámo-nos a conceber a apresentação do trabalho no formato Powerpoint e a reformular/corrigir alguns aspectos do trabalho escrito.
Por sugestão do Excelentíssimo, tentámos contactar a Investigadora (professora coordenadora do núcleo de investigação), para que nos concedesse o acesso a um trabalho (do 5.º Curso) que, ao que parece, nos poderia ser bastante útil. Infelizmente, após várias tentativas e contactos com a Investigadora, continuamos sem acesso ao dito trabalho. Talvez o arranjemos quando já não fizer falta!
O ponto alto do dia foi, sem dúvida, termos conseguido adquirir a melhor banda sonora para qualquer trabalho de investigação que se quer rigoroso, cientificamente fundamentado e com, pelo menos, um bocadinho de prestígio: Rouxinol Faduncho, é claro!
A discussão do dia hoje foi bastante (e é com algum receio que digo isto) madura, científica e até, importante. A grande dúvida foi: pessoa ou indivíduo? Pelos vistos e, segundo a CIPE® (versão β2) é indivíduo. Permitam-me que discorde. A CIPE® transmite uma visão muito reducionista da pessoa, sendo quase uma derivação do modelo biomédico, tão condenado pela nossa escola e prática de enfermagem. Mais!!! A Betty Neuman no seu modelo utiliza a denominação de “Pessoa”. Se o trabalho tem por base conceptual quer Neuman, quer a CIPE e se o pensamento reflexivo é tão aclamado e bajulado na nossa comunidade escolar, porque não optar pela designação mais holística do ser humano (pessoa)? Sem desprimor para a CIPE, que eventualmente há-de ter o seu valor.
Ao fim do dia, e como estudantes aplicadas que somos, enviámos um e-mail ao Excelentíssimo com o trabalho desenvolvido neste dia, para que este possa dar a sua ilustre opinião, tecer as suas considerações e fazer-nos o grande favor de o corrigir por forma a torná-lo um trabalho apresentável e em condições.

Quinta-feira, 1 de Março de 2007
Não nos apetece trabalhar!

Hoje é o quarto dia de duas semanas dedicadas ao Seminário de Investigação. O que é isso? Não sabemos ao certo mas diz que é para partilhar o trabalho desenvolvido até agora no âmbito da monografia. Em boa verdade são duas semanas para descansar do estágio, voltar à escola e não esquecer a arte de fazer trabalhos que pouco ou nada contribuem para o enriquecimento dos nossos conhecimentos mas, acerca dos quais insistimos em dizer que são “uma mais-valia” pois sabemos que é isso que os professores querem ouvir.
Como todas as reuniões de trabalho até aqui esta foi marcada por uma interessante questão: porque é que há pessoas que se levantam a meio da noite para urinar? E porque é que algumas pessoas se babam quando estão a dormir, se sabemos à partida que a produção de saliva diminui durante o período nocturno? Apesar de estarmos num curso em que talvez ficasse bem dar resposta a estas questões, a verdade é que não sabemos. Não sabemos, nem procurámos saber porque acreditamos profundamente que... não valia a pena.
Adiante. Soubemos hoje qual era o tema do nosso trabalho! Fantástico. Há meses que andamos às voltas para encontrar um tema adequado e, eis que o Excelentíssimo (professor orientador do trabalho), ao sentir-se pressionado, se sai com um tão fantástico que parece o título de um livro de Saramago (não vamos aqui divulgar esse maravilhoso tema apenas por uma simples razão: temos fortes intenções de acabar o curso!). Só para que fique claro, não era nada disto que queríamos estudar! Melhor que isto só mesmo o Excelentíssimo não se lembrar que foi ele que idealizou este tema e dar-nos os parabéns pela nossa escolha... Espectacular! Para além disto recebemos também um elogio em relação ao objectivo do estudo. Segundo o Excelentíssimo é um objectivo de excelência. Às tantas, também deve ter sido ele que o escreveu. Nós, muito honestamente, já não nos lembramos. E agora, com tudo isto, onde será que ele nos quer levar?
A juntar a tudo isto, uma enorme vontade de não trabalhar. Foram tantas as divagações que todo um dia de trabalho pode ser descrito da seguinte forma: Divagar, divagar, divagar…Trabalhar… nada!!!
Setembro de 2006. Quatro estudantes de enfermagem juntam-se, formando um maravilhoso grupo destinado a efectuar a monografia que nos permitirá completar a licenciatura.
Como todas as reuniões de trabalho são extremamente produtivas no domínio não ligado à monografia, decidimos construir este blog onde pretendemos relatar as discussões mais estúpidas que acontecem entre nós. Qualquer referência à monografia, é mera coincidência!