quinta-feira, 26 de abril de 2007

Terça-feira, 24 de Abril de 2007
É bom que não esteja bem!

8:30h da manhã! Deu-se início à tão desejada reunião de orientação com o Excelentíssimo. Por incrível que possa parecer, devido ao estado do nosso trabalho, a reunião correu espectacularmente bem! E porquê? Porque para o Excelentíssimo o facto do pré-teste não ter corrido bem é algo de bom. Diz ele que com os erros do primeiro podemos aprender a actuar nas próximas entrevistas e a tirar maior proveito do que os entrevistados nos dizem. Isso até pode ser verdade mas, se este tivesse corrido bem, agora já nos faltava fazer uma entrevista e assim, ainda temos de fazer mais duas.
Mas nem tudo é mau! Já marcámos as próximas entrevistas e ainda as vamos poder fazer esta semana.

Excelentíssimo vs Finalistas

16:30h (mais coisa, menos coisa). O Excelentíssimo dirigiu-se, a nosso pedido, à sala de aulas para nos esclarecer de alguns aspectos relacionados com a cerimónia de final de curso. O que ele não estava à espera era de vir a ser confrontado com a vontade (não unânime) da turma de utilizarmos a farda como indumentária na cerimónia. O que se passou foi uma espécie de “Prós e Contras” só que sem a Fátima Campos Ferreira.
Antes de admitir qualquer intervenção, o Excelentíssimo advertiu que as decisões relativamente à cerimónia já haviam sido tomadas e eram indeléveis. Mesmo assim, passou a explanar os seus argumentos para que o uso do traje ou fato de cerimónia fosse o único permitido.
Os motivos foram vários, válidos e com solidez suficiente. A evolução da enfermagem, a farda como símbolo de uma profissão técnica e o carácter de operário que nos confere, uns questionários realizados na comunidade escolar, foram apenas alguns dos motivos apontados pelo Excelentíssimo para a decisão, que segundo ele, não foi tomada por si. De facto, ele esmerou-se para afirmar veementemente que aquela não era uma decisão imposta por ele, mas sim pelos diferentes elementos dos mais variados órgãos escolares.
A palavra foi então passada aos elementos mais interessados naquela discussão: nós! Sem desprimor para a colega que se pronunciou em primeiro lugar, devo dizer que, teria sido bem melhor se nos tivesse presenteado com o seu silêncio. Isto porque, a falta de educação e severidade das suas palavras são duas características desta, como se diz na minha terra, moça! E porque o Excelentíssimo é uma pessoa de nível (pelo menos tenta!), não se dá bem com este tipo de gente. Então não é que esta moça, teve o descaramento de dizer que o Excelentíssimo tinha de, como porta-voz, dizer a quem tomou a decisão que não era aquela a nossa vontade. Bestial! Uma afirmação destas merece uma resposta genial e, foi o que Excelentíssimo fez: Eu não sou porta-voz de ninguém. Era o que me faltava. Eu sou o dirigente máximo desta organização. Bem dito! Não existe pior insulto para tecer a alguém do que porta-voz! Claro que poucos foram os que não desabaram a rir... E com razão, diga-se em boa verdade.
O argumento que a referida moça e, quase toda a turma usou para, digamos, dar a volta ao Excelentíssimo foi que nem todos os elementos da turma possuíam traje e que, aqueles que não o têm se iriam sentir discriminados dos restantes por terem de ir à cerimónia com outra vestimenta. Este motivo convenceu-me a mim que não dispenso a companhia de todos os colegas na cerimónia mas, o Excelentíssimo não recuou um milímetro e ripostou com um argumento igualmente verdadeiro: não é a roupa que vestimos naquele dia que nos torna iguais, mas sim a insígnia que receberemos e o juramento que faremos. Mais uma vez, bem dito!
Outras intervenções se seguiram até que (já cá faltava), o nosso ilustre colega resolveu dar um ar da sua graça.
Mais uma vez e, para nosso regozijo, não foi deveras feliz na sua intervenção. Este ilustre colega questionou o Excelentíssimo como é que ele se sentiria se estivesse na posição de quem não tem traje. É óbvio que a questão foi envolta num floreado de tal forma grande que, se torna extremamente difícil reproduzi-la aqui. Porém, pode dizer-se que incluía palavras como holismo e melodrama, e uma entoação tão acetinada que por momentos quase tive pena dele.
O Excelentíssimo respondeu no mesmo tom, dizendo que ele próprio possui um traje académico e que, no dia do seu doutoramento não o vestiu e não se sentiu menos importante por isso! Sem comentários.
Para finalizar, resta apenas dizer que tanta discussão não deu em nada. Serviu apenas para nos fazer perder tempo que, tanta falta nos fazia para preparar o Seminário de Projecto. Não conseguimos mudar a ideia do Excelentíssimo e muito menos, transformá-lo em porta-voz da nossa (pelo menos de alguns) luta!

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