sábado, 28 de abril de 2007

Sexta-feira, 27 de Abril de 2007
Que grandessíssimas energúmenas que nós somos!

É verdade! Como se já não bastasse estarmos atrasadíssimas com o trabalho, conseguimos fazer mais uma daquelas coisas que mais ninguém consegue.
O que se passou foi o seguinte: na tentativa de realizar as duas entrevistas ainda esta semana, combinámos com o Excelentíssimo que no fim do dia de ontem lhe entregaríamos a gravação da primeira entrevista, para que ele pudesse tecer algumas considerações que nos poderiam ajudar na segunda. Assim fizemos. Pelo menos, pensávamos nós! É que hoje de manhã, o Excelentíssimo enviou-nos um e-mail queixando-se que a caixa do CD que lhe entregámos estava vazia. E estava mesmo!
Quando o procurámos para corrigir o descuido, fomos bastante, vá lá, achincalhadas! Mas desta vez com razão.
Enfim, mais uma fantástica calinada do nosso sempre empenhado e motivado grupo!

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Terça-feira, 24 de Abril de 2007
É bom que não esteja bem!

8:30h da manhã! Deu-se início à tão desejada reunião de orientação com o Excelentíssimo. Por incrível que possa parecer, devido ao estado do nosso trabalho, a reunião correu espectacularmente bem! E porquê? Porque para o Excelentíssimo o facto do pré-teste não ter corrido bem é algo de bom. Diz ele que com os erros do primeiro podemos aprender a actuar nas próximas entrevistas e a tirar maior proveito do que os entrevistados nos dizem. Isso até pode ser verdade mas, se este tivesse corrido bem, agora já nos faltava fazer uma entrevista e assim, ainda temos de fazer mais duas.
Mas nem tudo é mau! Já marcámos as próximas entrevistas e ainda as vamos poder fazer esta semana.

Excelentíssimo vs Finalistas

16:30h (mais coisa, menos coisa). O Excelentíssimo dirigiu-se, a nosso pedido, à sala de aulas para nos esclarecer de alguns aspectos relacionados com a cerimónia de final de curso. O que ele não estava à espera era de vir a ser confrontado com a vontade (não unânime) da turma de utilizarmos a farda como indumentária na cerimónia. O que se passou foi uma espécie de “Prós e Contras” só que sem a Fátima Campos Ferreira.
Antes de admitir qualquer intervenção, o Excelentíssimo advertiu que as decisões relativamente à cerimónia já haviam sido tomadas e eram indeléveis. Mesmo assim, passou a explanar os seus argumentos para que o uso do traje ou fato de cerimónia fosse o único permitido.
Os motivos foram vários, válidos e com solidez suficiente. A evolução da enfermagem, a farda como símbolo de uma profissão técnica e o carácter de operário que nos confere, uns questionários realizados na comunidade escolar, foram apenas alguns dos motivos apontados pelo Excelentíssimo para a decisão, que segundo ele, não foi tomada por si. De facto, ele esmerou-se para afirmar veementemente que aquela não era uma decisão imposta por ele, mas sim pelos diferentes elementos dos mais variados órgãos escolares.
A palavra foi então passada aos elementos mais interessados naquela discussão: nós! Sem desprimor para a colega que se pronunciou em primeiro lugar, devo dizer que, teria sido bem melhor se nos tivesse presenteado com o seu silêncio. Isto porque, a falta de educação e severidade das suas palavras são duas características desta, como se diz na minha terra, moça! E porque o Excelentíssimo é uma pessoa de nível (pelo menos tenta!), não se dá bem com este tipo de gente. Então não é que esta moça, teve o descaramento de dizer que o Excelentíssimo tinha de, como porta-voz, dizer a quem tomou a decisão que não era aquela a nossa vontade. Bestial! Uma afirmação destas merece uma resposta genial e, foi o que Excelentíssimo fez: Eu não sou porta-voz de ninguém. Era o que me faltava. Eu sou o dirigente máximo desta organização. Bem dito! Não existe pior insulto para tecer a alguém do que porta-voz! Claro que poucos foram os que não desabaram a rir... E com razão, diga-se em boa verdade.
O argumento que a referida moça e, quase toda a turma usou para, digamos, dar a volta ao Excelentíssimo foi que nem todos os elementos da turma possuíam traje e que, aqueles que não o têm se iriam sentir discriminados dos restantes por terem de ir à cerimónia com outra vestimenta. Este motivo convenceu-me a mim que não dispenso a companhia de todos os colegas na cerimónia mas, o Excelentíssimo não recuou um milímetro e ripostou com um argumento igualmente verdadeiro: não é a roupa que vestimos naquele dia que nos torna iguais, mas sim a insígnia que receberemos e o juramento que faremos. Mais uma vez, bem dito!
Outras intervenções se seguiram até que (já cá faltava), o nosso ilustre colega resolveu dar um ar da sua graça.
Mais uma vez e, para nosso regozijo, não foi deveras feliz na sua intervenção. Este ilustre colega questionou o Excelentíssimo como é que ele se sentiria se estivesse na posição de quem não tem traje. É óbvio que a questão foi envolta num floreado de tal forma grande que, se torna extremamente difícil reproduzi-la aqui. Porém, pode dizer-se que incluía palavras como holismo e melodrama, e uma entoação tão acetinada que por momentos quase tive pena dele.
O Excelentíssimo respondeu no mesmo tom, dizendo que ele próprio possui um traje académico e que, no dia do seu doutoramento não o vestiu e não se sentiu menos importante por isso! Sem comentários.
Para finalizar, resta apenas dizer que tanta discussão não deu em nada. Serviu apenas para nos fazer perder tempo que, tanta falta nos fazia para preparar o Seminário de Projecto. Não conseguimos mudar a ideia do Excelentíssimo e muito menos, transformá-lo em porta-voz da nossa (pelo menos de alguns) luta!
Sexta-feira, 20 de Abril de 2007
Olha! As minhas meninas de Investigação!

Hoje conseguimos finalmente contactar com o Excelentíssimo. Ao encontrar-nos no corredor exclamou: Olha! As minhas meninas de Investigação! Dissemos-lhe então do desastre que tinha sido o pré-teste e, muito calmamente, sem perder a postura, disse-nos que tínhamos de falar para a semana.
Senhor Professor Doutor Excelentíssimo, por favor barafuste connosco! Nós sabemos que estamos super atrasadas e que daqui a mês e meio temos de entregar o trabalho. Vê-lo sempre assim tão calmo dá-nos cabo dos nervos. Nós estamos a precisar de um puxão de orelhas que nos obrigue e incentive a trabalhar. Acha que estamos a pedir muito? Afinal, para que é que lhe pagam? Ou será que o Excelentíssimo teve a ousadia de desistir de nós, antes de nós desistirmos do trabalho? É capaz de ser de isso!
Quarta-feira, 18 de Abril de 2007
Que sentido de oportunidade!

Cá continuamos nós no nosso Seminário de Projecto. Porque o grupo de trabalho é diferente do da monografia, tem sido extremamente difícil para nós conciliar as duas coisas. Ou não. A verdade é que estamos paradas porque o Excelentíssimo se encontra ausente da escola por motivos de saúde, que é como quem diz, tem estado doente. Coitadinho! E que sentido de oportunidade... Logo agora que precisávamos tanto de falar com ele, o senhor resolveu adquirir o maravilhoso vírus da gripe. Como tal, não podemos avançar para a próxima entrevista e... cá continuamos.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Segunda-feira, 16 de Abril de 2007
De volta à escola!

Inicia-se hoje mais uma etapa do último ano deste curso maravilhoso que é a enfermagem: o Seminário de Projecto! Para quem não sabe o que isso é, aconselhamos honestamente que perguntem a um dos cultos e ilustres professores desta escola, porque nós, reles estudantes, não fazemos a mais pequena ideia do que isso possa ser. Claro que, logo no início, nos deram a ensaboadela do costume: “Ah e tal... isto é muito importante para o vosso futuro... e tal...”
Importante ou não, o que era interessante perceberem é que, com um trabalho de investigação para fazer, não nos sobra muito tempo para mais nada... nem para ter vida própria!
Mas o que este dia teve de especial foi a eterna discussão: traje académico ou farda de enfermagem na cerimónia final. Pois é, embora a maioria da turma prefira usar a farda, tenho de expressar aqui a minha opinião que, para variar (ou não...) é precisamente a contrária. Passo por isso a explanar os motivos que me levam a tal escolha.
A farda de enfermagem é aquela que usamos no hospital, durante os estágios. Já dura há quatro anos e a sua coloração não é a original. É uma espécie de branco mas nem o melhor detergente ou lixívia do mundo a conseguiria tornar verdadeiramente branca. Já para não falar no corte horroroso e afunilado das calças. Horrível!
Depois, aquela é uma cerimónia académica. Uma cerimónia de final de curso. Não é uma cerimónia profissional. Então porque é que haveríamos de ir vestidos como se estivéssemos prontos para começar um turno? Além do mais, se não pudemos andar vestidos com a farda fora do hospital durante este tempo todo, porque é agora já podemos? Agora já não faz mal, é?
Esta é apenas a minha opinião e, agora que já me indignei acerca deste assunto passo a relatar aquele que para mim foi o melhor momento do dia.
O nosso ilustre colega justificou o facto de preferir a farda em detrimento do traje da seguinte forma: “ No tempo do Salazar os trajes eram usados para tornar todos os alunos iguais, diminuindo a diferença entre ricos e pobres.” E “ao usarmos traje vamos estar a tornar-nos iguais às outras escolas (gestão, educação,...)”. Caro colega, acerca disto tenho duas coisas a referir: (1) o Salazar pode ser um Grande Português mas não é para aqui chamado e, esse argumento não serve de nada nem para defenderes a tua opinião nem para rejeitar a dos outros; (2) não percebo porque é que tratas com tamanho desprimor a outras escolas porque, tal como o Salazar, também não são para aqui chamadas. É sabido que a relação entre a nossa escola e as outras nunca foi a melhor mas, também não é preciso achincalhar desta maneira. E mais uma vez, este argumento de nada te serve!
Como em qualquer discussão na nossa turma, chegámos ao fim sem um consenso!

P.S.: Para aqueles que se estão a questionar sobre o que é isto tem a ver com a monografia a resposta é: absolutamente nada! Mas como estava um bocadinho revoltada com esta situação, aproveitei este espaço para expressar a minha indignação. Obrigada pela atenção!
Sexta-feira, 30 de Março de 2007
Educação pré-operatória? O que é isso?

Às 11 horas da manhã de hoje aconteceu a maior tragédia que podia acontecer a quem faz um trabalho de investigação. Passo a explicar.
O tema do trabalho tem a ver com os factores que influenciam a educação pré-operatória a qual, à partida, deveria abranger diversos tópicos desde exercícios respiratórios, exercícios das extremidades, tosse entre outros, que estão cientificamente provados como sendo facilitadores do processo de recuperação pós-operatória. Estes ensinos deveriam ser realizados pelos enfermeiros aos doentes, desde o momento da admissão no hospital (período pré-operatório) e continuados ou reforçados depois da cirurgia.
Quando escolhemos este tema sabíamos de antemão que a maioria dos enfermeiros não prestava este tipo de cuidados aos doentes. Porém, tínhamos fé de que algum houvesse que os realizasse.
Ora, hoje na realização do pré-teste da entrevista, tivemos uma surpresa. Não conseguimos encontrar um doente (em 60!) que nos dissesse: Sim, senhora. O enfermeiro ensinou-me isso tudo! De facto, nunca nenhum doente tinha sequer ouvido falar disso até hoje.
Já devem ter percebido qual é o nosso maior problema neste momento. Não temos material para acabar o trabalho. Sim, porque não se pode fazer um trabalho de investigação sobre os factores que influenciam uma coisa que pura e simplesmente, não existe.
E agora? Uma vez que não temos material para trabalhar, já podemos desistir?
Segunda-feira, 26 de Março de 2007
Até que enfim!

Após dois longos meses de espera recebemos finalmente a autorização de um hospital para efectuar o estudo. O estudo que é, como quem diz, entrevistar dois doentes internados num serviço de cirurgia. Sim! O nosso tão importante trabalho de investigação e de final de curso baseia-se em duas entrevistas apenas! O que é que isto quer dizer? Que perdemos ano e meio a fazer uma coisa sem qualquer validade, interesse ou aplicabilidade. Contingências da escola e do curso que escolhemos...
Mas voltando atrás, há dois meses que esperávamos ansiosamente o deferimento do pedido de autorização sem obter qualquer resposta. Perante isto o Excelentíssimo foi obrigado a intervir utilizando para tal todo o seu prestígio, conhecimentos e poder. Claro que após a sua intervenção a resposta foi imediata e positiva! Mas qual a desculpa apresentada para não nos terem dado resposta mais cedo? Algum incompetente não a fez chegar a quem era dirigida e acabou por se extraviar, desaparecendo algures na imensidão de papeis existente em qualquer hospital que se preze.